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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um Passo a Mais

De ontem em diante não estou mais parado, dei um passo pequeno, ou talvez, enorme.
A partir deste, passei do repouso ao movimento, em funções horárias indescritíveis, sai do zero e me aproximei do infinito.
Tenho medo desta iniciativa. O passo pode ser progressivo ou retrógrado, benéfico ou maléfico, saudável a mim e a outros, ou não.
Passo este impossível de ser estudado, com várias variáveis e detalhes infinitos.
Sinto que o acontecimento pode mudar minha vida, talvez não amanhã, ou daqui a uma semana, pode durar meses ou anos, mas algo acontecerá. Bate-me o medo. Qual a conseqüência, qual o grupo a ser unido, qual segregação este feito se agregará?
Não há respostas, deixo-te uma “...”.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quem matou a poesia?

Enquanto todos riem, nós fazemos rir, enquanto se divertem, trabalhamos.
Mataram a poesia, mas a ascendemos novamente. Mataram a poesia, não foram os “Deuses”, nem os jabás, mas sim a ultima palavra, a que faz vozes se dispersarem, versos se calarem, colocarmos um sorriso de ironia, aonde deveria existe alegria.
Fazemos o melhor e o pior, trabalho luminoso e sórdido, leve e árduo, para aqueles que ignoram, a cada dia, a mãe de todas as paisagens, palavras, verdades e mentiras. Mãe e pai da mentira, essa mesma que necessita incontrolávelmente de uma verdade.
Diminuiram nossa criadora de cobras, aquela que me ensinou a mentir por uma verdade, disse-me que uma mentira necessita de uma verdade, ensinou-me a não fazer do problema um problema.
De que adiantou? Mataram a alegria, dispersaram pensamentos, jogaram embaixo do tapete nossa mentira mais real.

(link) “as mentiras da arte são tantas... são plantas artificiais. Artifícios que usamos para sermos (ou parecermos)... mais reais”. Lendário, Humberto Gessinger.

sábado, 5 de junho de 2010

Hoje eu acordei mais leve


Abri os olhos lentamente, talvez por medo de não encontrar-la, ou de encarar olhos iguais aos dela. Olhos estes que pouco vi, mas muito despertaram a curiosidade de um principiante no labirinto das fantasias românticas, fantasias estas que me alegram, despertam para a realidade.
Tentei me preparar para abrir os olhos, percebi que era cedo, tanto para abrir como pela hora, tentei raciocinar um instante, permanecia numa espécie de estado vegetativo.
Imaginei cuidadosamente cada traço do rosto daquela mulher, na verdade, acho-a mais parecida com uma boneca de pano que com mulher, a mais bela boneca de pano, olha-me de tal maneira que, faz um sentimento anormal que flora no fundo do poço sem fundo de meu coração, talvez o olhar direcionado a mim não passe de ilusão.
- está na hora, vou abrir e vou dar-lhe um belo sorriso de boa noite... 1, 2, 3 e já: ...
Passei o dia inquieto, pensativo, desmotivado, desamparado. Escrevi uma carta, daquelas sem destinatário, sem pista de remetente.
Lembro-me apenas de um sorriso, no momento do ponto final, talvez de alegria ou ironia, sorriso em um final de tarde, sem pôr-do-sol, somente com olhos no horizonte de minha alma ou talvez na lua... na varanda, no tudo do nada, pra ser sincero, se é que aqui posso ser.