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segunda-feira, 22 de março de 2010

Tirando do pedestal


Eu sou digamos que exquisistranho (que diabos e isso?). Tenho a mente aberta para as coisas, aliás, quem faz teatro vive disto.
Adoro rir dos outros e, mesmo quando não gosto, vi que rir de mim mesmo me tira de muitas furadas.
Outro dia disseram: “que é? Não adianta Rony, não vai conseguir me convencer a assistir essa peça, se eu assistir ela nunca mais vou ver o filme da mesma maneira”.
A pessoa se referia em não estar disposta a rir do “filme do séc. XXI” Crepúsculo, isso diante de sua sátira (Corpúsculo); produzida por um dos melhores produtores do teatro piauiense (Franklin Pires) e, tendo em seu elenco três dos melhores atores do estado (Bid... Franklin Pires e Luciano Brandão). Não entendo a falta de disposição de certas pessoas, há pouco larguei minha religião (não minha fé) justamente pela tal não aceitar questionamentos ou replicas a sua doutrina.
 Não entendo a vontade e complacência de muitas pessoas continuarem com a idéia ilusória de que o dia a noite e a madrugada são coisas distintas.

domingo, 21 de março de 2010

A escolha do artista

“Um dia me disseram que as nuvens não erão de algodão” isso não influenciou muito minha vida.
Um dia me disseram: “Chega o momento em que você tem que escolher entre o teatro e a vida”. Isso sim bateu no fundo do poço sem fundo de meu coração. O momento em que terei de escolher entre estar em cima do palco, ou na platéia. Não tenho certeza qual será minha escolha, sempre esperei e esperaram de mim uma grande profissão, oriunda de vários anos de universidade. Até que entrou em minha vida a arte (que muitos consideram vagabundagem), uma brincadeira séria que a cada dia me contagia mais e mais.
Não creio ser possível um ser humano explicar a felicidade, a alegria de quando subimos no palco, fazemos uma pintura, um verso, quando temos a impressão de dever cumprido.
Espero que quando chegada à hora, o meu amor prevaleça, seja pela arte ou por ter que percorrer outras trilhas, como diz Fernando Anitelli... “o poeta pena, quando cai o pano e o pano cai, um sorriso por ingresso...” e ultimamente... ultimamente não, sempre há e houve pessoas querendo de graça, a única coisa que o artista tem para vender.
Todo artista pode ser considerado um poeta (até o CREU?), toda forma de arte é poesia, desde a mais simples, desde as vielas da sabedoria e da agonia, da dor e do amor. A sina que mais parece um paraíso (acredito ser um paraíso).