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terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Gente Só Não Inventa A Dor

Uma gota chocasse com o solo, neste breve deslocamento de 163 centímetros passaram mais de 163 pensamentos irreais, entre estes, alguns que representaram tristeza, alegria, beijos e o passado.
Neste espaço de tempo, minha vida acelerou-se uniformemente descontrolada, que de uniforme não tinha nada. Inventei uma função para aliviar-me, nada útil à ti.
Uma musica fazia-me chorar, uma carta, lembrar, de momentos que já foram tudo, mas o tempo fez questão de me mostrar que há algo mais importante, ou não, para me preocupar. Logo o tempo, que um dia foi meu amigo, meu grande aliado. Amizade que não volta mais, certo dia em que pretendia parar, não tinha me dado conta de que tempo não para, não congela, muito menos condensa as nossas dores. Tanto eu queria que a vida congelasse como fotografia, que a vida parasse, amarelasse.
Acho que tenho certeza que acredito no poder do tempo, que ele nos ajuda a superar as dores, até porque ele continua andando, sem olhar pra trás, que a vida não é como nós, que as vezes deixamos outros para trás com a promessa de voltar para buscar-los, ela simplesmente anda, não diz uma palavra, quando disser, será para nos contar do quanto perdemos...

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